quarta-feira, 20 de abril de 2011

É tempo de morrer e ressuscitar!

Como sabemos, estamos às portas da Semana Santa, e infelizmente, para a maioria de nós, trata-se apenas de um "feriadão". Na verdade, a Semana Santa começa no Domingo de Ramos, mas as celebrações oficiais começam na quinta-feira.

Devemos lembrar qual o verdadeiro significado das celebrações e porque nossa Igreja dá tanta importância a este período. Vale salientar que esta Festa é a mais importante de nosso calendário, mais importante que o Natal, pois aqui vivemos o mistério de nossa fé. São Paulo dizia que, se não acreditamos que Jesus ressuscitou dos mortos, nossa fé é vazia (Cf. 2 Cor 15, 12-19), portanto, é este mistério que mantém nossa fé, porque sem isso, Jesus seria como muitos que morreram por uma causa, por alguém ou por um sonho. Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Tiradentes e até mesmo os mártires da Igreja, todos morreram pelo que acreditavam, mas, nenhum ressuscitou e venceu a morte, para nenhum deles, Deus deu o nome acima de todos, sob o céu, acima do céu ou abaixo da terra. (Cf Fl 2, 9-11). Viveremos nestes dias toda a razão de nossa fé, de nossa salvação...é momento de morrer e ressuscitar.

Não há muito o que dizer, pois " Para aqueles que crêem, nenhuma explicação é necessária; para aqueles que não crêem, nenhuma explicação é possível." (Sto Inácio de Loyola), é preciso viver, mergulhar no mistério, deixar-se envolver pela misericórdia de Deus que enxergamos tão claramente em Seu Ato de Amor na Cruz. Só posso desejar que esta Semana seja verdadeiramente Santa, que possamos morrer junto com Cristo na Sexta-feira da Paixão. E que no Domingo, ressuscitemos homens e mulheres novos, e que possamos proclamar com toda a ALEGRIA: JESUS CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA, ALELUIA!

Deus vos abençoe e Nossa Senhora nos guarde!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mas o Teu Amor me cura!

Já não tenho dedos pra contar
de quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
ou quantas atirei
Tanta farpa, tanta mentira, tanta falta do que dizer,
nem sempre é "so easy" se viver

Hoje eu não consigo mais me lembrar
de quantas janelas me atirei,
E quanto rastro de incompreensão eu já deixei
tantos bons quantos maus motivos
tantas vezes desilusão
E quase nunca vida é um balão

Mas o teu amor me cura
de uma loucura qualquer
é encostar no teu peito
e se isso for algum defeito por mim,
tudo bem!

Tudo bem
(Lulu Santos/ Nelson Motta)

Hoje me deparei com esse pensamento: nossa doenças físicas são semelhantes a maior doença da alma, o pecado.

A principio, certas atitudes parecem que não vão fazer mal, vamos acumulando um estilo de vida nada saudável, nos arriscando e vivendo de forma irresponsável. Até que nosso corpo não aguenta aquela situação e se manifesta e o primeiro sintoma é a dor. Vale salientar que a dor não significa necessariamente algo ruim, antes, é uma forma de sabermos que algo vai errado conosco, que as coisas não estão funcionando como deviam. E é neste momento que decidimos o que é melhor a se fazer: procurar um médico, alguém competente no assunto; podemos ignorar os sintomas; ou o pior de todos, procurar saídas alternativas para nos livrarmos da dor. Não preciso nem dizer que a opção correta é a primeira. Quando não estamos bem, devemos procurar alguém que possa nos orientar de forma objetiva, que seja sincero e mostre todos os caminhos que iremos enfrentar, mesmo que sejam caminhos longos e difíceis; deve ser por isso que a partir do momento que começamos um tratamento, somos chamados de PACIENTES.

Na nossa vida espiritual também acontece parecido. Quando cometemos o pecado, pensamos que aquilo não nos afetará. Que é só uma vez, só um pouquinho. E não percebemos o mal que estamos acumulando dentro de nossa alma, todavia, nosso coração responde imediatamente a este corpo estranho (o pecado) que entra em nós. E acabamos vivendo momentos de dor, angustia, vazio, que nos tira a alegria de viver, disposição, vitalidade, vamos nos tornando feios e sem vida, estamos praticamente mortos pela doença do pecado, pois o salário do pecado é a morte.

Infelizmente, nem todos procuram o verdadeiro tratamento, mas preferem se enganar com remédios falsos, muitas vezes fazem contra si, auto-placebo. Placebo vem do latim placere, que significa agradarei, é como se denomina um procedimento da medicina inerte e que apresenta efeitos terapeuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está sendo curado; o dicionário médico Hooper cita o placebo como "o nome dado a qualquer medicamento administrado mais para agradar do que beneficiar o paciente", além de outros objetivos que no final das contas se trata apenas de uma "mentira" que inicialmente mostra algum efeito, mas que no fundo, são ilusões. Sair pra beber com os amigos porque a namorada o trocou por outro, por exemplo, não é "tratamento" que se preze, mas no momento pode surtir um efeito, que logo será acometido de outra dor, a dor de cabeça.

O que quero dizer com tudo isso é que não podemos nos enganar diante das dores que surgem em nossas vidas. E elas surgem mesmo, sem distinção de cor, raça, religião, ideologia política. Deus não poupou seu próprio Filho. Devemos, entretanto, procurar a cura correta e só existe uma cura para a dor que vem da doença do pecado e ela se chama JESUS CRISTO. Ele venceu a morte, só Ele tem palavras de VIDA ETERNA.

Quantos de nós já está morto por causa do pecado. Quantos de nós procuramos tantos "medicamentos" falsos ou simplesmente ignoramos nossas dores e por isso, nos encontramos atados em nossos túmulos. Mas ainda há tempo. Lázaro também já estava morto, mas Jesus o ressuscitou, já fazia 4 dias, mas para honrar o nome de Deus, o impossível aconteceu.

Se você ainda está doente, procure o tratamento correto: JESUS CRISTO. Sua dor vai se transformar em dança de avivamento, sua doença será curada. Se você, entretanto, já está morto, não desista, Jesus pode te ressuscitar. Saia para fora e seja livre novamente.

Entregue sua vida nas mãos do médico dos médicos. Só o Amor d'Ele pode te curar e não importa se o mundo inteiro disser que isso é loucura, é defeito...não tem importância. Você sabe que vale a pena.