sábado, 11 de outubro de 2014

Saia de sua gaiola e vá viver!

Hoje eu escutei uma historia que me fez refletir acerca de algumas atitudes nossas, de algumas escolhas e das consequências delas. Uma amiga minha ganhou uma calopsita, essa ave ela tem uma característica interessante porque interage com humanos, conheço algumas pessoas que as tem e elas comprovam que é verdade, elas até brincam que a calopsita parece que quer ser gente. Pois bem, quando o bichinho chegou na casa desta minha amiga, havia acontecido que com o dono antigo ela tinha tido experiências ruins, ao ser colocada numa gaiola com outras da mesma espécie, a ave foi rejeitada e as outras batiam nela; quando aconteceu isso, o dono achou melhor dá pra outra pessoa cuidar. E apesar de todo amor que a nova família trata a calopsita, infelizmente, ela não consegue esquecer o que viveu e por isso é bem arisca e dentre outras características, prefere ficar na gaiola do que passeando livremente pela casa. E porque eu fiquei a refletir sobre nós, homens, em comparação com o bicho?

Certamente, apesar de ser um bicho mais inteligente que outros, a calopstia age por instinto; sua memória ficou programada a recusar todo tipo de aproximação, pois a violência sofrida gerou nela um medo de ser machucada novamente, mas repito, ela age por instinto. Até sua experiência atual superar a memória da antiga, ela vai continuar agindo da mesma forma. Alguma semelhança com algumas pessoas? Com certeza e não é mera coincidência.
Algumas pessoas (eu ou você, talvez) passam por experiências traumáticas, situações de violência (Física, psíquica, emocional) que geram nelas um medo de qualquer tipo de aproximação. Seu coração foi ferido de tal forma que sua memória cria um bloqueio, pois assim ela acredita que ficará protegida de ser machucada novamente. São situações diversas: traição, decepção, rejeição, todas elas machucam e qualquer um (em são consciência) não deseja passar novamente por elas.

Acontece que, diferente das calopsitas (ou de qualquer outro animal) não agimos por instinto. Somos seres pensantes, que são regados de emoções, temos uma alma e principalmente somos LIVRES. Não precisamos viver engaiolados com medo do que irá nos acontecer, mesmo que seja ruim, não precisamos ficar reféns de nossas frustrações, medos, de nossas tristezas, não precisamos porque Cristo nos restaurou a liberdade perdida por causa do pecado. É claro que vão existir momentos ruins em nossas vidas, isso é um fato, não se pode fugir dele, mas a vida é construída em cima deles também. É bobagem deixar de viver as maravilhas que Deus nos proporciona porque sofremos um dia, é o mesmo que não querer mais apreciar o céu, porque um dia ele ficou cinza, e todas as vezes que ele esteve azul, ou estrelado, ou com uma lua magnifica? Será que precisamos deixar de viver as coisas boas somente porque um dia tivemos coisas ruins? Isso não faz o menor sentido, não é mesmo?


A liberdade que Cristo nos oferece supera qualquer barreira que nos impede de sermos felizes. O pecado é a gaiola que nos impedem de voar alto, de viver plenamente nossas vocações, algumas delas nem parecem prisões, porque criamos uma ilusão de que ali estamos seguros, protegidos, mas não, na verdade estamos perdendo tempo, deixando de receber e dá amor. Quantas oportunidades perdidas de AMAR porque tivemos medo, barreiras, superproteção com nosso coração?


Meu irmão, minha irmã, não permita que isso aconteça com sua alma. Saia de sua gaiola e vá viver. Não vou dizer que nunca mais você vai sofrer ou viver decepções, frustrações, traições, mas e dai? Isso é viver também, faz parte, mas ao invés de se entregar, vamos chorar um ou dois dias e no outro já vamos levantar, sacudir a poeira e dá a volta por cima. Deus nos fez para sermos FELIZES, plenamente, e a verdadeira felicidade só é vivida na liberdade de filhos amados de d’Ele. Portanto, não seja essa calopsita, não queira viver numa gaiola, nem tenha medo de receber carinho, cuidado e atenção, não trate com aspereza as pessoas que se aproximam, sorria e você receberá de volta muitos sorrisos também.

Deus te abençoe!