Nestes tempos de eleição, quero aproveitar esse espaço público, democrático e livre de opinião para também tecer alguns comentários sobre todas as polêmicas que estão crescendo em torno da questão fundamental para a Igreja Católica nessa campanha: o ABORTO.
A campanha que a Igreja faz contra o ABORTO e obviamente a favor da vida não é partidária ou direta a alguém. Essa nossa luta é antiga, supera os limites do espaço, tempo, governos...temos um norte e nossa meta é Cristo, por isso, não importa quem esteja defendendo, nosso discurso não muda.
Fico triste quando as pessoas que não conhecem nossa história ou conhecem parte dela, muitas vezes contada por pessoas equivocadas e mal intencionadas, ficam soltando aos quatro ventos que não devemos "nos meter" em política; até mesmo muitos de nós católicos querem se abster de opiniões porque acham que não está sob nossa alçada esse assunto. ERRADO! É nosso dever nos manifestar, não em favor deste ou daquele partido, mas em favor da vida, SEMPRE.
Porque não podemos nos manifestar? Fazemos parte de uma sociedade livre, temos nossas crenças e nossos ideais, lutamos por um mundo melhor. Não consigo entender o porque de tanta revolta e ataques, não somente a "minha" religião, mas a todas que em algum momento se manifestam mais evidentemente sobre algo. Porque tanto julgamento? Temos uma linha de pensamento, temos algo a zelar e isso não é ser retrógrado, mas coerente. Escuto muitos falarem de um FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO, mas sinto muito, não existe isso. Defendemos sim, com ardor nossa opinião, mas não obrigamos ninguém a fazer o que PEDIMOS. Afinal de contas, cada um vai lá e coloca seu voto, secreto e intransferível na urna, por conta e risco. Oras, eu trabalhei nesta eleição como mesária e nem quando alguém mais simples tinha dificuldade de votar podíamos ajudar, imagine obrigar a votar. E nem venha me dizer sobre pressão psicológica, porque quando alguém não quer seguir o que dizemos, seja rico ou pobre, estudado ou analfabeto, não seguem, se fosse assim, não tínhamos tantos problemas com a castidade, dízimo, sincretismo religioso. Não nego o peso da religião e da Igreja na vida das pessoas, mas nossos ideais e nossos sonhos são de que todos saibam que são filhos de Deus, merecem a vida e vida em abundância.
Parem de olhar para as religiões como um atraso, porque não somos, ao contrário queremos trazer o homem de volta a Aquele que é nosso criador, que infelizmente é esquecido e deixado em terceiro, quarta, último plano. Seja qual for a religião, queremos trazer à tona a espiritualidade de cada um, queremos libertar o homem e não escravizá-lo.
Sou católica e não votarei em quem for a favor do aborto. Sou obediente à minha religião, a minha Igreja, que eu amo e acredito. E sou muito feliz e convicta de onde estou e no que penso, vou seguir com muita alegria o que a Igreja Católica Apostólica Romana diz. E você? Que tipo de católico é? Qual sua decisão?
Fiquem com Deus
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