segunda-feira, 18 de junho de 2012

Volta para os braços do Pai!

A experiência do primeiro amor é inesquecível, pode ser que nos esqueçamos com quem foi, o tempo exato, mas a sensação não esquecemos, tanto que por causa deste primeiro amor é que percebemos os outros que passam pela nossa vida; mas melhor ainda é a primeira experiência de amor mais maduro, sem fantasias, platonismos, mas que ainda assim é inocente. Aquele amor que não está interessado na aparência física ou numa performance sexual, tão pouco se importa com os bens materiais que a pessoa tem, mas tão somente quer estar ao lado dela, do jeito que ela é! Frio na barriga, ansiedade, timidez, mãos suadas...sensações físicas que externam o que há dentro de nós: amor puro!

O tempo, entretanto, passa e nenhum amor é pra sempre; vamos conhecendo o mundo e muitas pessoas entram em nossa vida, algumas para nos amar, nos ajudar, nos edificar, outro no entanto, vem destruir, ferir, magoar e por causa dessas pessoas é que esquecemos o quanto é bom o amor; também vamos deturpando e envenenando a pureza dentro de nós, o mundo nos mostra uma realidade onde o sensual e o sexual são mais importantes que o sentimento e a inocência, o mundo nos diz que o mais importante é o TER e não o SER. E para curar tudo isso, precisa de tempo! É preciso voltar ao primeiro amor...

E com Deus? Será que não acontece da mesma forma? Eu acredito que sim, a diferença é que tudo acontece, não com pessoas diferentes, mas com o mesmo Amor. Eu me lembro de minhas primeiras experiências com Deus, de como eu me sentia, de como eu entendia e acreditava que Deus me amava, me perdoava, me queria perto d'Ele...hoje existem tantas coisas no meu coração e eu acabo esquecendo a melhor parte e Ele então olha pra mim e apenas diz: Marta, Marta...

Hoje, com certeza eu tenho mais firmeza em minha caminhada, não é qualquer "conversinha fiada" que me engana, não são ventos contrários que me fazem questionar a Deus, nem tão pouco eu duvido que minha Igreja é a correta e nela está contida a Verdade, que é Cristo. Não, não, nada disso me angustia, minha dor está na dificuldade em voltar ao primeiro amor! 

Eu sei que nossa fé não pode estar baseada em sentimentos ou sensações e a minha, definitivamente, não está, mas quando olho pra trás e vejo quem eu era e como meu coração era muito mais sensível àquela voz que me pedia conversão, mas que hoje só escuta a voz que me pede formação; olho pra trás e lembro do Deus Misericórdia que me acolhia, mas que por causa de meus pecados, hoje só escuto acusações, não de Deus, mas do diabo; quando olho pra trás e lembro que meu louvor era uma explosão de gratidão e hoje, nem sempre eu consigo louvor com o coração alegre sinceramente...então eu percebo: É preciso voltar ao primeiro amor...






E hoje esse é o convite a todos nós: voltar ao primeiro amor! Recordar como Deus nos tocou e nos chamou um dia, de como nos sentíamos realizados com a simplicidade, de voltar a ser uma criança abandonada que encontra um pai cheio de Amor! Não importa se você tem sido fiel, perseverante, dedicado em seu serviço, não estou falando disto, estou falando de se permitir ser frágil e acolhido nos braços de Deus; não importa se você foi embora e nunca mais quis saber de Deus, o que importa é que hoje você quer voltar aos braços do Pai, porque sabe que Ele te espera! 

Não importa se você se acha bom ou ruim, se está no caminho ou se desviou, se está firme ou se questionando, nada disso importa, a única coisa que importa é voltar pro primeiro amor, voltar para os braços do Pai, pois Ele nos espera e quer nos dá vestes novas...

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