segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Que a força esteja com você!

Bem, antes de mais nada, quero dizer que esta postagem é de cunho totalmente PESSOAL. Não procurei referências, nem opiniões em outros lugares, tudo que escrevo aqui é uma percepção EXCLUSIVAMENTE minha e não conto com o aval de nenhum dirigente espiritual que concorde ou discorde de mim, mais uma vez eu digo, trata-se de um juízo meu a respeito deste tema. Então, devidamente (e dramaticamente) esclarecido, eis que o assunto de hoje é: STARS WARS.

Sempre fui fã da série, porque gosto de ficção científica, não ao ponto de ser uma nerd, mas suficiente para não passar vergonha numa convenção de fãs do gênero. Tinha assistido aos episódios 4, 5 e 6 há mais ou menos 10 anos, quando estreou o primeiro episódio no cinema (pra quem não sabe, os três últimos episódios foram gravados antes dos primeiros, porque o diretor, George Lucas, achava que na época a tecnologia cinematográfica não era boa o suficiente para suas idéias), eu era uma guria e estava vendo mais pelos amigos e pela fama, do que propriamente pela história, mas até que gostei, só não fiz relação nenhuma e com nada, era só um filme que falava sobre o bem e o mal e como ainda dá tempo de fazer a coisa certa, mesmo que você tenha andado errado por muito tempo. Foi sob esta ótica que também assisti ao espisódio 2.

Quando saiu o terceiro filme, em 2005 eu já estava na faculdade e minha caminhada cristã estava cada vez mais sólida, inclusive precisando enfrentar vários tipos de personalidades e crenças, o que foi pra mim uma batalha que muito me amadureceu e firmou minha fé, inclusive uma dessas visões que me fez ver STARS WARS de forma diferente. Numa das conversas sobre o que é a vida, o universo e tudo mais (também gosto do Guia do Mochileiro das galáxias - Douglas Adams), uma de minhas amigas solta essa: pra mim, o que governa o mundo é somente uma força superior, tudo é criado a partir desta força e depois a coisa segue seu rumo. (Num foi exatamente o que ela disse, mas foi essa a idéia) e na mesma hora eu pensei e disse: Eu também creio nisso, mas essa força pra mim se chama DEUS. Um pensamento puxou o outro e logo me veio a lembrança o filme, já que o que governa o universo no filme é justamente a Força.


Desde então, Stars Wars mudou de imagem para mim. Pude perceber claramente referências cristãs no filme, como a relação entre bem e mal, livre arbítrio, um ar messiânico, desapego material e afetivo, enfim, são muitas lições que podemos tirar desta ficção, mas que diariamente encontramos e enfrentamos suas situações na vida real. Anakin Skywalker tinha um belo futuro pela frente, os jedis(cavaleiros que defendiam o bem e o equilíbrio no universo) viam nele a esperança do bem vencer o mal, todavia, o jovem Anakin precisava aprender a controlar-se, principalmente quando se tratava de escolher entre suas próprias vontades ou o bem maior, ele deixava-se levar facilmente pela vaidade e pelo poder, não aceitava ser contrariado e o pior de tudo, permitia ser guiado pelo desejo de vingança, justificando suas atitudes como busca por justiça.

Em vários momentos, seus mestres pedem que Anakin controle sua raiva, tenha paciência e obedeça, mas ele é seduzido pela ilusão de poder usar seus poderes para fazer o que quisesse e assim alcançar seus objetivos. Todavia, essa liberdade é falsa, porque Anakin torna-se escravo deste mal, que inclusive o faz esquecer quem ele era e o torna outra pessoa: Darth Vader. No treinamento de Luke, o filho de Anakin, também encontramos várias motivações, como por exemplo, a insegurança de Luke, que o impede de realizar tudo o que pode. O embate entre pai e filho, mostra que as pequenas escolhem nos fazem quem somos, os dois passaram exatamente pela mesma situação, da escolha entre o bem e o mal, um escolheu o mal e viveu solitário e preso numa armadura, enquanto o outro não esqueceu os valores que o fizeram homem e os honrou com toda a liberdade de quem acredita no que vive.


Por fim, o bem vence e o amor transforma, porque só o amor muda que já se fez. Ainda existe tempo para fazer o bem, sempre existe a oportunidade de escolher aquilo que o coração sempre acreditou mas o mundo quis ocultar. Darth Vader volta a ser Anakin por um breve e crucial momento para poder viver aquilo que estava destinado a ele, o Amor.


Estamos aqui por uma razão, infelizmente, por algumas escolhas desviamos o foco e nos perdemos, mas sempre há uma chance, a Força(Deus) nunca nos abandona, porque somente Ela é capaz de dá sentido e razão à nossa vida e nossa vida foi criada para viver somente uma vontade, que é a de Deus; e quanto mais cedo temos essa experiência, de entregar nossa liberdade a Deus e vivermos verdadeiramente livres, menos são as chance de sermos levados pelo mundo.


O importante é saber que nossas escolhas determinam nosso caráter e que se estamos à luz do Espírito Santo, essas escolham serão sempre as mais corretas e se por falha humana nos desviarmos, paciência, é sempre tempo de voltar. Boa Sorte e que a Força esteja conosco.


P.S. Desculpa gente, este post foi realmente grande, mas é STARS WARS, não tem como falar pouco! ;)

2 comentários:

  1. Nossa, achei seu post por acaso pela internet. E amei.
    Nunca tinha parado pra pensar dessa forma e olha que tenho todos os episódios e já os assisti muuuuitas vezes.
    Obrigada por essa visão diferente. Voi assisti-los mais uma vez, só que de uma forma diferente!

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